A Croácia vem assistindo a uma transformação positiva em sua força de trabalho: nos últimos dez anos, o número de empregados cresceu em 400 mil, chegando a 1,7 milhão. Um avanço que tem atraído cada vez mais croatas que, no passado, buscaram oportunidades no exterior. Entre essas histórias inspiradoras está a de Steven George Vuković, que, após concluir a universidade nos Estados Unidos, visitou Split como turista, encantou-se pela região da Dalmácia e decidiu construir sua vida no país de seus antepassados. Hoje, Steven desenvolve sua carreira no setor de turismo, uma área em franca expansão que demanda cerca de 70 mil trabalhadores sazonais anualmente. Empresas do setor hoteleiro, como a associação Impresia, liderada por Nenad Nizić, têm apostado em talentos da diáspora croata espalhada por países como França, Bélgica e Austrália. Muitos vêm para experiências temporárias e acabam construindo trajetórias sólidas, alguns até empreendendo no mercado local. Além do turismo, outras áreas reconhecem o valor intelectual dos repatriados. Segundo Lorenzo Mayol, diretor de uma plataforma de entregas, integrar os croatas da diáspora é um passo estratégico para o fortalecimento econômico do país. O governo croata também apoia esse movimento: quem retorna e trabalha no país pode receber benefícios fiscais por até cinco anos, o que representa uma economia considerável no imposto de renda. Programas como o Choose Croatia têm impulsionado essa tendência, ajudando cerca de 500 repatriados a abrir seus próprios negócios em 2024. Histórias como as de Klaudija Jugović e Stefan Džakula mostram que o retorno é mais que uma decisão profissional, é um reencontro com as raízes. Depois de anos vivendo em países como Noruega, Irlanda e Espanha, eles redescobriram na Croácia não apenas boas oportunidades, mas também a qualidade de vida que desejavam.

Referências: CroatiaWeek